sábado, 7 de abril de 2007

PULSAÇÕES

No calabouço dessas folhas, cinzelo-me no pó!
Sandálias desatadas, se minhas veias
ainda estão acesas, meus caminhos não
podem estar desertos, e humanóide guardo
pulsações de mar, esses lençóis de
pergaminhos d'água, onde o cotidiano
reescreve o estigma da incompletude e dos desvãos.
Esforço-me para não recitar peixes
aos meus filhos e receitar pedras ao mundo.
Esforço-me para sobrevoar
e sobreviver à minha rasteirice,
para manchar-me além das pranchas
que se pintam e das formas que no fôlego se cinzelam.
Ah, incontido é esse torpor ,dos vazamentos d'alma!...


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