domingo, 22 de abril de 2007

FOLHAS E VERSOS

Caem as folhas.
O silencioso rio serpenteia
por entre as pedras e caniços,
enquanto a suave luz da noite
despe-se,
estilhaçando-se sobre
o vitral da mata.
Só o murmúrio dos versos
em coral plange das cascatas,
dos véus que d'água cadenciam
écos da noite em sonata.
O caudaloso rio
serpenteia entre raízes,
a brisa morna tinge
as folhas, os matizes,
a esparramar-se
sobre o dorso escuro das colinas.
O silencioso rio
reflete tênue luz sobre a neblina,
poemas em multidão
caem das folhas,
versos explodem das rimas!...

Nenhum comentário: