terça-feira, 30 de novembro de 2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CHILREAR





(Líricas de um Evangelho Insano)
Os instantes desfolham silencios
desfolham minhas aves ocultas
chilream abandonos
Esta sombra madura esvoaça
cai da minha retina desnuda
o silencio desfolha este corpo
verso errante do teu
sangrias de outono
estas asas esfumam-se
repica como folhas ao vento
este vazio...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Travessia



foto/auto-retrato
Lilian Reinhardt


(Líricas de um Evangelho Insano)


Moro no tempo da minha compreensão
atravesso a minha paisagem e quem me vê?
As sombras são transparentes
quando deixam amarras no cais
as minhas árvores dormem no meu porto
sou apenas vulto da minha idéia no mundo
enquanto o espírito gira-me no vácuo
seguirei minhas linhas difusas
sem conhecer das palavras senão ocasos
distâncias entre as árvores
enquanto minhas sombras rasgam as vestes
tudo parece guardar-se ao vôo e à passagem...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

LUA DE PRIMAVERA





(Líricas de um Evangelho Insano)



Caminharei contigo e andarás comigo
pois te colherei a noite as tuas espigas
e ficarei sem dormir como teu girassol
enquanto as ovelhas se recolherem...
e te serei toda realidade e abandono
não diga nada e nem acorde de novo
não peça nada a ninguém
nenhum óbulo ao teu povo
não é preciso deixar a janela aberta
nenhuma filosofia tem certeza alguma...

domingo, 14 de novembro de 2010

HAICAIS







IIIC
Fiação na roca
umbigo cósmico e tear
ponto no espelho


VI/A
É pássaro cansado
no preâmbulo do instante
este caminhante

VII/B
Pão da brevidade
a dor do tempo é fome
à mesa da campa

domingo, 7 de novembro de 2010

Além dos grãos do poema







(Líricas de um Evangelho Insano)
"a vaidade apaga a luz..."

A flor amarga quando a boca
mastiga o poema
mas os grãos da cor tingem
o sol dos dias intensifica
quanto mais cinzas na carne de seus irrevelados tons

Amor não são palavras
escrituras são escrituras
traslados de verbos
amor é ato
silencioso e velado ato


é verso do corpo na alma que sangra
além dos grãos do poema





http://www.lilianreinhardt.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=2569078

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Momento da rosa





(Líricas de um Evangelho Insano)

Cada instante é o momento da rosa/
sem_hora do espinho...