sexta-feira, 7 de agosto de 2009

BEIRAIS

foto/Edu Hoffmann
Bosque do Papa/Curitiba/PR/Brasil


Caminho pelos beirais

no fio aceso da lâmpada que me guarda

há um olhar que irrompe sob a espiral

de um tempo de águas puras

sob a névoa o trapézio da linha e da medula

o pé que saltita e cresce grita a árvore

o galho onde pousa o pássaro

e diz dos beirais do mundo

voce que me amanhece

e comigo adormece

palavra monólogo que ouço

dueto do meu eu profundo...

3 comentários:

O mar me encanta completamente... disse...

Querida Lilian,
Que lindo poema.
Tem a magia da síntese e de
dizer sem fechar o pensamento,
são indicações a serem refletidas,
construídas, há espaços para
divagações e interpretações múltiplas...
Te ler é sempre um prazer crescente.

Tomei a liberdade de estar entre teus seguidores, para poder estar mais perto.

Beijinho

Glória Salles

eder ribeiro disse...

Os teus poemas é um sopro vindo da alma que nos atinge em cheio, é bom te ler, sempre. Bjos.

Ego tripping disse...

Que poema interessante, muito bonito e com profundidade. Gostei!