quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

UMA SINTAXE DE ÁGUAS

Águas não verbam,
águas não tem sintaxe,
águas lavam,
matam a sede,
escorrem,
purificam,
limpam os pruridos,
fermentam levedos
e cristalinas vazam sentidos
lavando até as ferinas olheiras
em seu espelho refletidas,
porque moendeiras,
também, lambem as pedras limeiras,
quando em sintaxe de corredeiras,
se infiltram em fugas,
pelos verbos do chão.
Mas, quando mal tocadas
não giram moinhos,
mas, moendam novos linhos d'água,
enquanto os discursos escorrem
em sintaxes, de pedra-sabão!...

Um comentário:

Tere disse...

Achei maravilhosa sua poesia " Uma sintaxe de águas". Gostei do teu estilo. Estarei visitando teu blog sempre.