segunda-feira, 2 de julho de 2007

ENTRE- MONTANHAS

Entre-montanhas,
compassados voos da alma
peregrina
percorrem secretas celas.
O incenso dos turíbulos
infla o pouso sob os beirais,
enquanto entre as ramagens
o vento assovia
canoros ruflos, madrigais!
Ao longe
as sombras se abrem e se fecham
em ocasos.
Meus olhos esvoaçam espraiando-se
e ruflam asas nas embocaduras
e nas margens, desses riachos, desses córregos...
Entre-montanhas esse cismar finito,
solfejado grito, agonia da viagem...

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