III
A noite é alta
e de hoje, amanhã, depois, nada sabes...
O vento toca o penhasco,
e mesmo assim, sob o balouçante prumo,
sois pomo do éter, videira da carne!
Bebe pois, do sumo destas horas,
este licor ferve entre pedras e cinzas,
que o mundo pulsa o sangue sob as águas
e destas uvas ainda trescalam olor,
- porque todo o Verbo é canoro
mas incensa o templo da alma,
e as memórias das romãs,
pelas manhãs...
VII
Louva o Amor, recorda que ele te lirou
na juventude,
só Ele conhece teus jardins de ôcos e tuas
virtudes,
que o mel da graça é amargo
na colméia da maturidade...
XI
Louva o teu corpo,
a espuma dos teus sonhos, o teu sangue,
a tua escuna veleja
na solidão da efemeridade.
Peregrina,
estás sentada sob o Portal
com tua bagagem...
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