Os retratos como os versos
nos olham, nos vêem, descrevem-nos,
com seus olhos d'asas...
Como folhas dos autos, na moendadas horas,
amarelam, estremecem, adoecem de traças
roem as mordaças,
pra se habitarem em novas traças...
Retratos como os versos se rasgam,
as palavras se picotam, se sopram
se fragmentam, se amortalham,
se exumam...
Mas, nas lápides os retratos como
as palavras falam
de uma estranha sobrevivência,
da voz e das asas de um silencio que se embala no colo
do próprio silêncio...
nunca adormecido!!!
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