Enquanto reescavas loucuras,
na funda taça escura
dorme o teu dragão sagrado, morto!
Enquanto reescavas beijos
pelas olheiras das ruas desertas,
desejos fendidos em tendas secretas,
as horas acendem e apagam
memórias...
Quem é voce que simplesmente passa,
que ultrapassa a hora,
que fura sempre o sinal fechado,
que deixa cair a mosca que te ronda no caldo,
que bebe até o fundilho da taça,
que rasga o papel de parede da graça
e mesmo grafitando em solo,
violenta o chão descalço,
esmigalha, borbulha
e coalha sabão em bolhas?!...
Voce sempre se enrola no pergaminho
do quotidiano, eu sei...
ainda ontem te amamentei
rotunda serpente, silente,
não morra , se reinvente!!!
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