"executo meus versos na flauta das minhas vértebras..."
(Maiakóviski)
(Carroção do Tempo (dos polacos))
Uma tênue linha de terra pincelada
sutura dolorosa o céu e a terra
na linha do horizonte,
e a luz do crepúsculo
outonecida ressumbra da tua
túnica de guerra,
do teu sabre e do manto do mistério.
Cícero! Catilinas! Éditos!
Bárbaros! Cristãos! Patrícios! Plebeus!
Apátridas! Polska fragmentada!
Gritam as ruínas do homem em teu peito,
bárbarie! civilização!
Oceanos vencidos,
barcos naufragados,
febres, excitamentos,
racionalidade, luzes...
Modernidade e o sujeito dos modernos
nos vórtices das mãos,
titãs aclamados,
Atlas ensandecido,
cinturões de roseirais plantados,
de verdes legumináceas florados,
na orla das cidades, dessas terras geladas
do Paraná,
lavram denúncias brasilianas do pão!
Palavras perdem-se pelos caminhos,
memórias históricas soterradas,
o filósofo diz ," todo documento de
civilização é documento de bárbarie,"
e a razão bárbara que violenta é
ferro vermelho dessa estultice,
é grunhido ardiloso dos instintos,
experiência e miséria humana,
holocausto de "paidéia",
de uma inarticulada língua interior
ainda da alma...
borboro...barbaricô!!!
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