terça-feira, 30 de junho de 2009

DEIXA QUE A CHUVA LAVE O MEU ROSTO


Eu preciso de ti

eu preciso me banhar

naquela poça d'água pura

que espelha o céu da minha argila

e o pássaro de minha alma nela se banha

Deixa que a chuva transborde

as conchas do meu entardecer

que preencha todos os beirais vazios

que anseiam pela cálida luz da manhã

quando as rendas da aurora

dos teus olhos se abrem

e o cheiro de café

envolve em volúpia

o sabor da minha grinalda

permita ainda

que a chuva lhe conte estórias

por onde passou

dos pés de quem lavou

dos rastros que escondeu

dos pecados que perdoou...

Um comentário:

eder ribeiro disse...

a água nos permite a purificação. bjos.