Deixa que eu te ame em olor e remoinhos
permita que eu te ame entre névoas e espinhos
faz frio e a cidade vai adormecer no meu colo
o mistério vai decerrar as portas da hora
os musgos crescerão eremitas a lamber os muros
mas os crepúsculos agora se guardam
deixa que eu te ame
nesta pequenez de substancia amante
desse elixir que agora bebo
da tua saudade que me devora
Os céus guardam os seus centeios
e o pão se faz ceia entre os lençóis
Um comentário:
Instigante e belo, o último verso é de aplaudir de pé várias vezes, como todo o poema. BJos.
Postar um comentário