quinta-feira, 8 de maio de 2008

INCANDESCENTE



"...executo meus versos na flauta das minhas

das minhas vertebras..."

(Maikóviski)




A taça de espumas seca o signo.

A matéria mágica dos sonhos

se molda ao pensamento.

Meus dedos cegos de luz

se alimentam e moldam a argila

e o peso do teu breu molda

minha alma incandescente

Desde sempre moldam-se

os golpes da adaga,desde sempre

as margens e as cabeceiras das águas

são moldadas,desde sempre a talha

nos costados selvagens molda a boca,

a língua do vento que derrete o tempo,

da agulha que cose a pedra

e lancina a toda boca devorada!

2 comentários:

eder ribeiro disse...

Por sermos incompletos esperamos essa cadeia divina a nos moldar, e mais que incandescer, explodirmos até nos tornarmos átomo. Bjos.

BLOG DO ESCRITOR disse...

Lindo, amiga e Irmã!