terça-feira, 11 de outubro de 2011

Da Ovelha do Verbo


(reedição)




Na lã da infância se guarda o eterno
disse um alfabeto ancião sob florido cajado
de encovado sorriso descovado e de
cerne de cabelos de perfumada ausencia
Se perder do rebanho é como cair
a árvore da gravidade do poema
sem fazer-se renascenças
O eterno guarda o pastor nas ovelhas
da árvore
e o rebanho cuida das sementes
mesmo no vento da boca

O amor é um verbo de renascenças
soprado debaixo da pedra
levita os sonhos dela
e todo rebanho da janela cega
se Ilumina
Mas, amarga o sabor do rebanho e do pé do verbo
quando ficou sem sol sem quarar o poema
e os olhos se encardiram


A lã da infância teima a ovelha do verbo e esquenta
o gelo das pedras de incenso das nuvens.
rebanhos de sementes
arrebanha perdidos olores...

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