sábado, 16 de julho de 2011

Enquanto Vivos


(Memorial de Sofia/Zocha)


Era hora da pausa,do intervalo. A imensa sala vazia,como um plenário, com mais de cem carteiras dispersava os olhos.Ela via-se caminhando por entre lápides daquele cemitério de vivos,como num jardim labiríntico. Os sapatos afundavam na grama, os olhos perdiam-se pelas tabuletas memoriais com os nomes gravados nos granitos e pisava-se ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,
O estrado alto da imensa sala de aula levantava senhorialmente a mesa do mestre até o teto.
Da cantina o cheiro do café expresso e o gosto do inverno que cozinhava, aos poucos eles ressuscitavam e retornavam ..
Escadas, simplesmente escadas largas e aquele remoinho, cada um tinha um número e um crachá e uma letra, para não se perder, enquanto vivos ....

Um comentário:

V.Cruz disse...

Belíssimo texto. Aproveito para deixar aqui meu abraço de dia do amigo!