quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

HAIKAIS






III

Vestida de tempos
a aranha é fio de rumos
que o prumo tece

vii

Terra queimada
esparge e sopra-te cinzas
São penas das horas


XI

Ave pelo céu
Afundam-se as raízes
dos olhos da árvore


xii

Pergaminho d’ água
chora a metáfora a pauta
da cachoeira


XXXIII
Menino sem ninho
pássaro no buraco negro
busca-o na ave

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