Vou plantar um pé de poema
já esterquei a cova
fiz desova com minha pena
já arregacei os baldes da manga
fiz descarrego das veias
assim planto esse pé de poema no canteiro do agora
crivo nos cravos dos olhos meus
Bordarei sem palavras esses teus umbigos
adejarei borboletas além da barriga desta aldeia
Já reguei das bilhas borrifei as calhas com água benta
nas asas do verso o ácido da placenta
a terra te bebe o córrego
fio d'água escorre eternidade!
5 comentários:
...muitos escrevem poemas, mas nem todos são poetas!
Tu és...
Para lá desta janela sincera
Mora a luz radiosa, inconstante
Esta Lira liberta uma breve melodia
Que a brisa carrega adiante
Passos amedrontados
Olhos abertos sem vida, sem fervor
Sons mais que mil e muitos
Máscara da ironia de Deus superior
Bom fim de semana
Mágico beijo
E dessa plantação o que aflore é mais do que poesia, é arte. bjos.
DESENLACE
Toda solene noite possui um grande homem/
de traços marcantes/
hemisfério de incertezas/
num desenlace histórico e decisivo(...)
existência quadrada/
imprevisivel/
fechado.
Portaria do inverso/
interação dificultosa/
indiferente/
fantasiosa.
Cai sobre pedras e ervas daninhas/
Lamparinas baratas que iluminam minha história/
num ar seco de verão prematuro/
quadrada existência.
Fusão de si mesmo/
permanencia de incertezas/
polaridades.
Maria de Fátima Borges magalhães
E com essa semeadura a palavra ganha mais significado. Carinhosamente Dinigro Rocha.
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