mAgritte
(líricas de um evangelho insano)
Uma pedra não é uma pedra,
é o fio da minha gravidade,
que sustenta e move o pêndulo
dos corpos, na calidoscopia grafia,
das incisões do meu olhar?!
Pedras sempre me encontram
pelos caminhos e
me sobrevoam as grotas, os ninhos,
tem asas...
Uma pedra suspensa revoa,
voa e guarda rochedos de
memórias dos meus olhos,
e se de cima me vê,
me lê em épuras os meus enredos,
sou goela funda,cratera fera,
boca aberta expelindo lavas,
grave ave, nave, atmosférica,
imensa bolha rarefeita,
pés afundados nas covas do chão,
pesada grávida de ar!
Um comentário:
Querida Lilian, você sempre me surpreende com sua poesia original e ao mesmo tempo tão natural... Sim, você está certa, porque ao fim estamos todos "grávidos" de ar. Beijos e tenha uma linda semana. Muito obrigada pela sua visita e comentário tão fofo em meu bloguinho!
(Desculpe-me a demora em lhe visitar - tive problemas com meu computador e fiquei offline por vários dias).
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